Nietzsche está vivo
Nietzsche está vivo
Nasci e não demorou para me dar por quem eu era, e seria; e por quem sou até hoje.
Reconheci aquela que, doravante, chamaria de mãe, afinal era mesmo minha genitora, nunca tive dúvida sobre tal maternidade.
(Aprendia a acreditar. Acostumei a acreditar. Mas achei bom.)
Reconheci aquele que, doravante, chamaria de pai, afinal, assim apresentou-se-me e nunca me deu motivos, como também a ninguém, para duvidar; todos o reconheceram, com justiça, como tal.
(Aprendi a acreditar. Acostumei a acreditar. Mas achei bom.)
Meu mundo começava a se formar, com um espaço físico que foi se ampliando e por pessoas bem próximas que me rodeavam e outras que ocupavam um espaço mais além, parte mais afastada desse todo de tamanho/dimensões inderterminado(a). Nunca soube e nunca saberei o verdadeiro tamanho de todo esse espaço ao meu redor. Disseram-me que é de tamanho infinito.
(Aprendi a acreditar. Acostumei a acreditar. Mas achei bom.)
Ensinaram-me sobre coisas e pessoas; e sobre (as) coisas que pessoas fazem para fazer pessoas. Gostei dos ensinamentos; gostei do que aprendi; e achei bom. Indaguei a respeito de quem criara coisas e pessoas. Meu pai calou-se, minha mão continuou a prosa e me respondeu. Minha mãe 'apresentou-me' Deus, e muitos junto a ela, confirmaram Sua existência, embora Ele mesmo nunca se tenha apresentado a mim. Também afirmou, minha genitora, o Todo Poderoso possuir domínio total sobre a vida e a morte de todos; e mais ainda, antes de tudo, mesmo sem a confirmação e anuência de meu pai, foi positiva e categórica quanto à existencia e onipotência de Deus; Deus que, com seu poder absoulto sobre a vida e a morte, mataria-os pouco tempo depois; mataria aqueles que me deram a vida e me criaram, com certeza; isso sim, com certeza.
Mas agora, para mim, é Deus que está morto, com certeza.
(Eu matei Deus. E achei bom.)
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